quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Obras de arte têm efeito positivo em pacientes com a doença de Alzheimer




Contemplar obras de arte produz efeitos benéficos para os pacientes com Alzheimer, de acordo com estudo realizado pelo Centro de Medicina do Envelhecimento da Universidade Católica de Roma, em conjunto com a Galeria Nacional de Arte Moderna, informou o jornal romano "Il Messagero"



A pesquisa envolveu 14 pacientes com grau leve a moderado da doença e comprovou que admirar a beleza das obras de arte pode reduzir em 20% a frequência de alguns sintomas como ansiedade, apatia, irritabilidade e a agressividade dos que sofrem da doença.

Os pacientes foram guiados pela pinacoteca, onde puderam observar detalhes das pinturas de Paolo Veronese, Domenico Morelli e Giuseppe de Nittis. Depois, foram submetidos a uma avaliação clínica e psicológica, segundo o jornal.



"Os resultados comprovam que visitar museus pode frear os primeiros sintomas da doença", explicou Roberto Bernabei, diretor do Centro de Medicina do Envelhecimento.

"Levar os pacientes a locais onde se mostra a beleza é também uma maneira de comunicar ao doente que ele não está segregado e que embora sua mente vacile, pode continuar sua vida", explica Bernabei.

"O teste feito antes e depois da visita pela galeria evidenciou uma notável redução do nível de estresse, não só em quem está mal, mas também nos acompanhantes", explicou a geriatra Rossella Liperoti que ressaltou o fato dos efeitos se prolongarem por semanas.

No entanto, não foi comprovada nenhuma influência das obras de arte no déficit cognitivo dos pacientes, afirma o jornal. Não é a primeira vez que a ciência procura demonstrar a influência positiva da arte em pessoas com algum tipo de doença.

O Moma (Museu de Arte Moderna de Nova York) tem um programa de visitas guiadas para incentivar a criatividade em pacientes com Alzheimer.



Números mais recentes da Associação Mundial de Alzheimer contabilizam 40 milhões de doentes e a previsão é que crescimento de 50% até 2030.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br


Pela primeira vez Doença de Alzheimer é revertida em paciente

A doença de Alzheimer foi revertida pela primeira vez no Canadá e com sucesso. Uma equipe de investigadores canadenses, da Universidade de Toronto, liderada por Andres Lozano, usou uma técnica de estimulação cerebral profunda, diretamente no cérebro de seis pacientes, conseguindo travar a doença. O estudo vem publicado na «Annals of Neurology».
Em dois destes pacientes, a deterioração da área do cérebro associada à memória não só parou de encolher como voltou a crescer. Nos outros quatro, o processo de deterioração parou por completo.

Nos portadores de Alzheimer, a região do hipocampo é uma das primeiras a encolher. O centro de memória funciona nessa área cerebral, convertendo as memórias de curto prazo em memórias de longo prazo. Sendo assim, a degradação do hipocampo revela alguns dos primeiros sintomas da doença, como a perda de memória e a desorientação.
Imagens cerebrais revelam que o lobo temporal, onde está o hipocampo e o cingulado posterior, usam menos glicose do que o normal, sugerindo que estão desligadas e ambas têm um papel importante na memória.

Para tentar reverter esse quadro degenerativo, Lozano e sua equipa recorreram à estimulação cerebral – enviar impulsos elétricos para o cérebro através de eletrodos implantados.
O grupo instalou os dispositivos perto do fórnix – um aglomerado de neurônios que enviam sinais para o hipocampo – dos pacientes diagnosticados com Alzheimer há pelo menos um ano. Os investigadores aplicaram pequenos impulsos elétricos 130 vezes por segundo.

Testes realizados um ano depois mostram que a redução da glicose foi revertida nas seis pessoas. Esta descoberta pode levar a novos caminhos para tratamentos de Alzheimer, uma vez que é a primeira vez que foi revertida.
 
Os cientistas admitem, no entanto, que a técnica ainda não é conclusiva e que necessita de mais investigação. A equipa vai agora iniciar um novo teste que envolvem 50 pessoas.

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