segunda-feira, 16 de setembro de 2013

CONTOS DE FADA

 



Há muito tempo atrás, num lugar bem longe daqui, em meio a bruxas, dragões, ogros, anões, fadas, duendes, príncipes, donzelas e acontecimentos sobrenaturais, e em clima de “Era uma vez...” e “Viveram felizes para sempre”, nasciam os contos de fada. Eles existem há milênios e fazem parte da herança cultural da humanidade, alguns datados do século II d.C. 

Em diversas culturas, em todos os continentes, existem histórias com estruturas e narrativas semelhantes aos contos que conhecemos hoje. Os contos de fada, considerados por muitos autores  como sinônimo de “contos maravilhosos”, “contos de encantamentos” ou “contos populares”, foram “criados e narrados pelo povo, nasceram da oralidade e do espírito inventivo de muitos. Não se pode atribuir a eles um único autor, mais vários que, com suas ideias, contribuíram para alargar o campo da literatura oral”.

Originalmente, estes contos não foram escritos para crianças, muito menos para transmitir ensinamentos, ao contrário, foram destinados para entretenimento dos adultos, contados em reuniões sociais, nas salas de fiar e outros ambientes onde eles se reuniam. As versões infantis dos contos de fadas nasceram no século XVII, na corte de Luís XIV, no ano de 1697, pelas mãos do escritor francês Charles Perrault (1628-1703), primeiro a coletar e organizar contos para criança em um livro chamado Contos da Mãe Gansa, constiuídos de uma coletânea de oito histórias:

A Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho, O Barba azul, o gato de Botas, As Fadas. A Gata Borralheira, Henrique do Topete  e O Pequeno Polegar. De acordo com os historiadores, a literatura ocidental surgiu neste período com a publicação deste livro, que demonstrava uma preocupação pedagógica, uma vez que, ao final da narrativa, escrevia, sob a forma de versos, a moral da história, segundo a qual as histórias deveriam servir para instruir moralmente as crianças.

O maniqueísmo que divide as personagens em boas e más, belas ou feias, poderosas ou fracas, etc. facilita à criança a compreensão de certos valores básicos da conduta humana ou convívio social. Tal dicotomia, se transmitida através de uma linguagem simbólica, e durante a infância, não será prejudicial à formação de sua consciência ética.

O que as crianças encontram nos contos de fadas são, na verdade, categorias de valor que são perenes. O que muda é apenas os conteúdos rotulados de bom ou mau, certo ou errados. (...) a criança é levada a se identificar com o herói bom e belo, não devido à sua bondade ou beleza, mas por sentir nele a própria personificação de seus problemas infantis: seu inconsciente desejo de bondade e beleza e, principalmente, sua necessidade de segurança e proteção. Pode assim superar o medo que a inibe e enfrentar os perigos e ameaças que sente à sua volta, podendo alcançar gradativamente o equilíbrio adulto.



APOIO À PRÁTICA PEDAGÓGICA

Fonte: www.smec.salvador.ba.gov.br/. Acesso: 11/10/2011.

FADAS EXISTEM

 

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