domingo, 29 de setembro de 2013

CONFLITOS DE GERAÇÕES



Um dos maiores nomes da literatura universal, o bruxo Jorge Luis Borges, narra essa aventura infeliz numa de suas mais belas criações, A busca de Averróis. Eu, admiradora de Borges, penso sempre nessa história quando me apresentam - e é bastante comum! - uma questão qualquer de incompreensão recíproca entre gerações, pais e filhos, velhos e jovens.

Acompanhei e acompanho de perto muitas histórias de descompasso e desconfiança profundas, que marcam o afastamento das gerações.

A característica desse processo é uma tendência a diferir mais do que a compartilhar, o que cria uma tensão que pode se aprofundar e propiciar ambientes e situações negativas.

Podemos perguntar duas coisas: o que está acontecendo do ponto de vista espiritual? Como proceder para minimizar os estragos que podem brotar desse desentendimento?

Primeira resposta: as crianças em geral crescem numa realidade bem diferente daquela da infância dos pais. A experiência colhida por esses espíritos está relacionada com contextos distintos.

O que é natural, agradável e normal para os jovens, pode ser confuso e desconfortável para os mais velhos.

Segunda resposta: os espíritos que estão por aqui há mais tempo, acumulando uma quantidade maior de vivência, devem aceitar as discrepâncias com serenidade, esperando que a vida modele os jovens - e ela assim, irrevogável, o faz.

Mais ainda: otimismo e confiança são as ferramentas para vencer a incompreensão pesada que atrapalha a dinâmica de diversas famílias e arranjos afetivos. Os ajustes se processam sempre.

Ainda que não enxerguemos com facilidade, os descompassos espirituais tendem a se arrematar corretamente.

Autora: Marina Gold
Fonte: Terra.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário